Nas últimas semanas temos uma verdadeira debandada de jogadores de futebol da Europa pro continente árabe. Os maiores do mundo foram “acarinhados” por milhões de dólares pra serem os personagens de uma tentativa de fazer da Arábia Saudita o segundo grande palco do futebol mundial, ou melhor dizendo, uma tentativa de sportswashing. Pelo menos é assim que está sendo apresentada essa situação.
Nesta semana, Neymar foi a “bola da vez”. Ganhando uma verdadeira fortuna (cerca de R$ 2 milhões por dia), e mais R$ 2,7 milhões por postagem nas redes, terá como patrão o ditador Mohammad bin Salman.
O sportswashing
Esses jogadores farão parte do que se convencionou chamar de sportswashing, um termo usado para descrever o uso do esporte para melhorar a reputação manchada por irregularidades.
Mas afinal, o que vale hoje no esporte? Por um lado temos o futebol feminino onde muitas jogadoras defendem bandeiras humanitárias, brigando por igualdade ou, pelo menos, mais respeito. Jogadores que, a despeito dos patrocinadores, abrem mão de dinheiro de marcas associadas a exploração de mão de obra, por exemplo.
Mas e o futebol masculino, onde os jogadores são, sabidamente, exemplos pra milhões de crianças no mundo inteiro? Cabe ser garoto propaganda pra limpar a imagem de governo ditatoriais?