Já são milhares de mortos e dezenas de milhares de feridos por conta do terremoto no Afeganistão, de magnitude 6.3, que ocorreu no oeste do país próximo à cidade de Herat. Fortes tremores secundários foram sentidos nas províncias vizinhas de Badghis e Farah. Diversos vilarejos foram destruídos e centenas de civis seguem soterrados em meio aos escombros.
Um dos terremotos mais mortais do mundo em um ano, somando-se aos terremotos na Turquia, na Síria e no Marrocos. O número de vítimas do terremoto no Afeganistão ainda tende a aumentar, dado que equipes de resgates, incluindo o Crescente Vermelho, ainda enfrentam dificuldades de acesso aos vilarejos afetados.
O Afeganistão enfrenta uma crise humanitária sem precedentes com um risco muito real de crise sistêmica. Mesmo antes da retirada das forças internacionais, das missões diplomáticas e da retomada do poder do Talibã em Agosto de 2021, o país já representava uma das maiores e mais complexas emergências humanitárias (CHEs) do mundo.
Em média, 200 mil afegãos são afetados por catástrofes climáticas todos os anos. Desde o começo deste ano, 22 das 34 províncias foram afetadas. As fortes chuvas na semana de 24 de julho de 2023 resultaram em inundações mortais nas províncias de Cabul, Maidan Wardak e Logar. Em março, um terremoto de magnitude 6,5 atingiu a província de Badakhshan, no nordeste do país, em julho do ano passado, outro terremoto de magnitude 5.9 atingiu o leste do Afeganistão matando mais de 1.000 pessoas e deixando 362.000 necessitadas de assistência humanitária.
O país enfrenta uma série de desafios políticos, humanitários, sociais e econômicos. E o financiamento limitado devido ao atual governo Talibã restringe cada vez mais a capacidade de resposta humanitária.
Como ajudar as vítimas do terremoto no Afeganistão?
A VV se uniu ao Instituto SHE e à Aseel para responder a essa catástrofe humanitária e ajudar as vítimas do terremoto no Afeganistão.
O Instituto SHE – Sustainable Humanitarian Empowerment é um Think-and-Do Tank dedicado à pesquisa, ao advocacy e à formulação de políticas públicas voltadas à ação humanitária sustentável e integrativa, à promoção do acesso à justiça, do bem-estar e da responsabilidade corporativa, e ao fomento do investimento social privado.
Tendo como membros sete juízas afegãs, as ações têm por objetivo contribuir para o desenvolvimento de soluções eficazes aos desafios sociais, econômicos e políticos, relativos, em especial, às questões afetas à crises humanitárias prolongadas, refúgio, migração e gênero.
As doações serão destinadas à Aseel, parceria do Instituto SHE, que fornece soluções voltadas para a tecnologia para comunidades vulneráveis no Afeganistão. Uma plataforma de ajuda transparente e integrada para que cada valor doado chegue. A atualização mais recente, DirectAid beta, apresenta uma abordagem três em um: Enviar Ajuda, Rastrear Ajuda e Receber um Vídeo, com o objetivo de tornar a prestação de ajuda mais transparente, envolvente e impactante. Através de parcerias com organizações conceituadas e com a Rede Atalan, prestam assistência humanitária a famílias afegãs mais vulneráveis.